O Presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados (ACS-PE), Abérisson Carlos, e diretores da entidade esteveram na quinta-feira, 5 de agosto, no sepultamento do Cabo da Polícia Militar de Pernambuco, Wandemberg Luiz Rodrigues da Silva, 37 anos, assassinado na última quarta-feira, 4 de agosto.

A despedida com honras militares reuniu centenas de pessoas, entre amigos, parentes e moradora do município que prestaram as últimas homenagem.

“A morte de um Policial abala toda a corporação. Todos nós que fazemos a Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados estamos de luto. Fizemos questão de marcar presença na despedido do irmão de farda para prestar nossa última homenagem e transmitir solidariedade aos parentes e amigos”, comentou Albérisson Carlos, Presidente da ACS-PE.

O PM foi assassinado enquanto fazia uma abordagem a um veículo suspeito na BR-232, no trecho da rodovia que cruza o município de Arcoverde, no sertão de Pernambuco, onde morava e trabalhava.

Pelo menos quatro bandidos estavam dentro do carro abordado. Os criminosos reagiram atirando. Na troca de tiros, Cabo Wandemberg foi baleado e morreu. O corpo do PM foi sepultado na quinta-feira, 5 de agosto, sob forte comoção, no Cemitério São Miguel, também em Arcoverde.

Presidente da ACS-PE Albérisson Carlos. Foto: Divulgação

Cabo Wandemberg, como era chamado da Polícia, tinha 12 anos de corporação e já havia servido ao 15o BPM. Sua morte reforça o alerta sobre dignidade e direitos humanos dos Policiais e Bombeiros Militares.

O tema vem sendo defendido pela Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados.

“A morte do Cabo Wandemberg demonstra como o serviço prestado por esses homens e mulheres é arriscado. A gente sai de casa para trabalhar e, literalmente, não sabe se volta. Por isso a Associação luta sempre pela valorização profissional dos Militares Estaduais”, concluiu Albérisson.

Saúde mental de PMs e Bombeiros

O presidente da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Albérisson Carlos, reiterou, em entrevista concedida na última quarta-feira (4) à TV Guararapes, que é preciso ter um cuidado maior com a saúde mental de PMs e Bombeiros que trabalham em uma condição de linha de frente ao perigo e que a pressão de obter resultados ocasiona em problemas psicológicos que precisam ser observados de uma maneira mais cuidadosa.

Ao falar sobre o caso do Soldado Igor, que foi encontrado morto dentro do carro em Boa Viagem, que a família espera há nove meses pela conclusão do inquérito para saber a real causa da morte.

“Sua família já sofre com isso e ainda sofre com a demora, a espera de uma conclusão de inquérito. E a gente sabe que do contrário em que fatos acontecem em que um Policial ou a Polícia Militar há uma celeridade, a gente sabe que os servidores não são culpados por essa demora, mas todo esse sistema de apuração da Justiça dessa demora prejudica o cidadão”, disse Albérisson