Publicado em - 30 de outubro de 2021
Em debate na TV Nova, presidente da ACS-PE discute estatuto do armamento com advogada do criminoso Lázaro. Foto: Divulgação
O Presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados, Albérisson Carlos, comentou sobre o indiciamento do Policial Militar que atuou no protesto realizado no Recife no dia 29 de maio deste ano, realizado por movimentos sindicais, partidos políticos e militantes de esquerda, contra o presidente Jair Bolsonaro.
Na ocasião, um homem foi atingido por um dos disparos de bala de borracha quando Policiais tentavam conter o protesto, naquela época proibido por decreto que visava combater a proliferação do vírus da Covid-19.
Albérisson Carlos argumenta que a decisão é uma consequência da repercussão do caso, que para ele ganhou ainda mais um cunho político. O presidente da ASC também destaca que o Policial não agiu por vontade própria, mas que apenas estava cumprindo ordem de superiores.
“Isso foi uma resposta ao clamor político, tendo em vista a repercussão que esse caso acabou tomando, principalmente no campo político. Os Policiais estavam ali seguindo uma ordem, ele não teve a intenção de praticar esse tipo de situação, ele estava cumprindo uma ordem. O Choque não agiu por pura espontânea vontade e deliberadamente, pelo contrário, havia uma observação, tanto é que o governador ao reconhecer isso demitiu o secretário de defesa social na época juntamente com o comandante geral, constatando que a ordem que o Policial recebeu foi dos mais altos escalões”, afirmou Albérisson Carlos.
A situação, segundo Albérisson, deixa a categoria com receio e abre um precedente, fazendo com que os Policiais trabalhem de maneira acanhada por não se sentirem acolhidos pelo Estado.
“Lamentamos porque abre cada vez mais precedentes para que a Polícia venha agir com o ‘freio de mão puxado’, porque da parte do Estado a Polícia não tem qualquer tipo de apoio, mas sempre a Polícia é chamada para resolver os piores tipos de problemas”, disse o presidente.
Albérisson Carlos explicou ainda que a Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados está responsável pela defesa e tem dado todo suporte ao Policial Militar.
“A Associação está efetuando a defesa, o jurídico está agindo de maneira muito eficaz e ainda não se pode julgar nada porque ainda não se terminou as investigações e não se chagou a uma conclusão. Tem que ser garantido a ele o direito a ampla defesa e o contraditório”, pontuou Albérisson.
Publicado em - 23 de abril de 2024
Publicado em - 11 de abril de 2024
Publicado em - 10 de abril de 2024